A Verdade é a Base do Verdadeiro Amor Cristão

domingo, 16 de junho de 2013

Pastor Augustus explica se evangélicos podem ou não participar de Festas Juninas


O pastor presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes publicou em seu blog, O Tempora! O Mores!, um artigo no qual fala sobre a participação de evangélicos em festas juninas. Este é um questionamento que é sempre levantado nas igrejas evangélicas nesse período do ano.

O pastor explica que tal festa celebra o nascimento de João Batista, que virou um dos santos católicos, e que os costumes da festa misturam elementos herdados de culturas pagãs e outros criados pela Igreja Católica.

Respondendo à constante pergunta sobre evangélicos poderem ou não participar dessas festividades, o pastor afirma que a festa junina já não tem mais caráter religioso, e que já fazem parte da cultura popular do país.

- Acontece que as festas juninas foram absorvidas em grande parte pela cultura brasileira de maneira que em muitos lugares já perdeu o caráter de festa religiosa. Para muitos, é apenas uma festa onde se acendem fogueiras, come-se milho preparado de diferentes maneiras e soltam-se fogos de artifício, sem menção do santo, e sem orações ou rezas feitas a ele – afirmou.

Em seu texto, Nicodemus compara a situação dos evangélicos de hoje à da igreja de Corinto em relação aos festivais pagãos que aconteciam em sua cidade. Tendo como exemplo o conselho de Paulo àquele povo, o pastor afirma que o cristão pode sim participar desse tipo de festividades, desde que não se coloquem em culto idólatra e nem cause escândalo.

- O crente não deveria ir ao templo pagão para estas festas e ali comer carne, pois isto configuraria culto e portanto, idolatria (1Cor 10:19-23). Na mesma linha, eu creio que os crentes não devem ir às igrejas católicas ou a qualquer outro lugar onde haverá oração, rezas, missas e invocação do São João, pois isto implicaria em culto idólatra e falso – ensina.

“Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou irritaremos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele? Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (1Coríntios 10:19-23)

- Fazendo uma aplicação para nosso caso, se convidado para ir à casa de um amigo católico neste dia para comer milho, etc., ele poderia ir, desde que não houvesse atos religiosos e desde que ninguém ali ficasse escandalizado – explica Nicodemus.

Extraído do Site Gospelmais

Razões porque não curto as Festas Juninas Evangélicas


Por Renato Vargens


Existe uma linha extremamente tênue entre contextualização e sincretismo religioso. Na verdade, ouso afirmar que não são poucos aqueles que no afã de contextualizarem a mensagem sincretizaram o Evangelho. 

Antes de qualquer coisa, gostaria de afirmar que acredito na necessidade de que contextualizemos a mensagem da Salvação Eterna, sem que com isso, negociemos a essência do evangelho. O problema é que devido a "gospelização" da fé, parte da igreja brasileira começou a considerar todo e qualquer tipo de manifestação cultural ou religiosa como lícita, proporcionando com isso a participação dos crentes em eventos deste nipe, desde que, houvesse  mudança de nomenclatura.  Nessa perspectiva, apareceram as baladas, festas  e boates gospel, como também os arraiais evangélicos.


Diante do exposto, gostaria de ressaltar de forma prática e objetiva as principais razões porque não considero lícito ou adequado cristãos organizarem ou participarem de arraiais evangélicos:

Background  histórico das festas juninas são idólatras, onde o objetivo final é venerar os chamados “santos católicos”.

Bom, ao ler essa afirmação talvez você esteja dizendo consigo mesmo: "Há, tudo bem, eu concordo, mas a festa junina que eu vou não é católica e sim evangélica, portanto, não rola idolatria." 

Caro leitor, o fato de transformarmos uma festa idólatra numa festa gospel, não a torna uma festa legitimamente cristã.  Do ponto de vista das Escrituras é preciso que entendamos que não fomos chamados a imitar o mundo e sim a transformá-lo.


Outro ponto que precisa ser considerado é que ao criarmos uma festa junina evangélica sem que percebamos, estamos contribuindo com a sincretização do evangelho. Na verdade, ouço afirmar que não existem diferenças entre aqueles que em nome de Deus fazem festas juninas, daqueles que em nome do Senhor, promovem a relação entre o baixo espiritismo e o "Reteté de Jeová."

Vale a pena ressaltar que não sou contra eventos ou festas que tenham bolos, pés de moleque, salsichão, Cachorro quente e o maravilhoso angu a baiana. Na verdade, tirando a canjica que eu detesto, eu amo tudo isso! Conheço igrejas como exemplo a Igreja Batista de Japuíba em Angra dos Reis, pastoreada pelo meu amigo Ezequias Marins que anualmente, organiza uma festa do Milho sem as características juninas, como músicas, bandeiras, roupas de caipira e etc. Na verdade, Ezequias e sua igreja entenderam o perigo do sincretismo e organizaram uma festa cujo objetivo final é glorificar ao Senhor através da evangelização.


Prezado amigo, diante do exposto afirmo que as igrejas que organizam festas juninas com danças, vestes caipiras e outras coisas mais, romperam a linha limite da contextualização embarcando de cabeça no barco do sincretismo.


Isto, posto, me parece coerente e sábio que em situações deste tipo apliquemos a orientação paulina que diz: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (1Coríntios 10:22-23)




É que pensa o Pastor RenatoVargens.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O que há de errado com o Pragmatismo?

Por John MacArthur


O erro do pragmatismo é considerar as metodologias que "funcionam" como o mais importante e mais viáveis do que as metodologias bíblicas. Um pragmático se preocupa primeiramente em saber se determinada prática é vantajosa, não necessariamente se ela está em harmonia com as Escrituras. Ele começa com a pergunta: "O que querem os incrédulos?" E constrói suas estratégias a partir daí, em vez de perguntar: "O que as Escrituras ensinam sobre o ministério da igreja", e, partindo daí, seguir um padrão bíblico.

A tendência contemporânea do pragmatismo ignora completamente as prioridades bíblicas para a igreja. As reuniões da igreja não deveriam ser estruturadas para os incrédulos. De acordo com a Escritura, a igreja se reúne para adoração, comunhão, edificação e encorajamento mútuo, dentro do corpo (At. 20.7 ss; 1 Co. 16.1-2; Hb. 10.24-25). A pregação da Palavra de Deus deve ser o ponto essencial em todo o culto e ministério corporativo da igreja (1 Tm. 6.2; Tm. 4.2). A ênfase deve ser a comunhão com Deus através da oração e da adoração, não o entretenimento ou qualquer expressão de auto-satisfação (1 Co. 11.17-22). Em resumo, as atividades esboçadas em Atos 2.42 são a única ocupação válida para a igreja: "A doutrina dos apóstolos, a comunhão, o partir do pão e a oração".

Além do mais, o pragmatismo ataca a suficiência da Palavra de Deus no evangelismo. Não precisamos comercializar, disfarçar, atenuar ou tentar tornar o evangelho aceitável aos incrédulos. O evangelho puro é o poder de Deus para a salvação.

Onde quer que exista pragmatismo na igreja, há sempre uma correspondente amenização na doutrina da suficiência de Cristo, da soberania de Deus, da integridade das Escrituras, do poder da oração e dos ministérios do Espírito. Isto resulta em um ministério centralizado no homem, um ministério que procura realizar os propósitos divinos por meio de programas superficiais e de metodologia humana, e não por meio da Palavra ou do poder de Espírito.

O aliado do pragmatismo é o arminianismo, a teologia que nega a soberania da eleição de Deus e afirma que o homem, por si mesmo, tem de decidir se confiará em Cristo ou O rejeitará. Isso põe sobre o evangelista a responsabilidade de usar técnicas que sejam inteligentes e criativas o bastante para influenciar a decisão de uma pessoa. Assim, o conteúdo da mensagem é subjugado à questão de como ela é apresentada.

Não nego a importância da pregação e dos ensinos poderosos e persuasivos. Paulo mesmo foi um brilhante pregador (por exemplo, ver Atos 18,4; 19.26; 26.28-29; 28.23). Mas ensinar ou dar a entender que a técnica humana pode trazer alguém a Cristo é contrário à Escritura (Jo. 6.6,37,44) e, com efeito, nega a soberania da graça de Deus. Sem Cristo e sem o ministério do Espírito Santo, nada podemos realizar (Jo. 15.5; 2 Co. 10.4).

Aqueles que colocam o entretenimento no lugar de uma clara proclamação da verdade estão em conflito com os desígnios de Deus para a igreja. Embora creiam que os resultados externos justificam seus métodos, eles estão causando males e não bem, não importa a multidão que consigam atrair. Qualquer metodologia usada simplesmente para atrair uma sociedade que se mostra indiferente é um pobre substituto para o claro ensino das Escrituras. Alguns meses de pregação firme, direta e sem bajulação sobre o arrependimento e santidade reduziriam o número de ouvintes nas igrejas, mas revelariam os que estão genuinamente redimidos ou sendo guiados pelo Espírito à redenção.

No entanto, o pragmatismo está remodelando quase todas as áreas do ministério evangélico. Onde a pregação ainda pode ser encontrada, tende a ser centralizada no homem e dominada por uma mentalidade que procura reconciliar o homem com os homens, e não o homem com Deus. Seu objetivo nem sempre é expresso, mas o seu verdadeiro propósito é acalmar as pessoas que estão totalmente imersas em si mesmas, em suas mágoas e em suas necessidades. Assim, o pragmatismo é alimentado pela tendência da sociedade em ser egoísta, ao mesmo tempo em que faz crescer esta tendência.

Há alguns anos, Robert Schuller esboçou um manifesto de uma pragmatista:

Quando a igreja procura alcançar os incrédulos com uma atitude teocêntrica está abrindo as portas para o fracasso na área de missões. Os incrédulos, os que não creem num vital relacionamento com Deus, vão desdenhar, rejeitar ou simplesmente ignora o teólogo, orador, pregador ou missionário que se aproxima com uma Bíblia na mão, com teologia na cabeça e nos lábios, esperando que uma pessoa irreligiosa deixará de lado suas dúvidas e engolirá as afirmações teocêntricas como fato. Os incrédulos, penso eu, perceberão quando estou demonstrando genuíno interesse por suas necessidades e me preocupando honestamente com suas dores humanas.

Durante décadas, temos visto a igreja na Europa Ocidental e na América declinar em poder, membresia e influência. Acredito que esse declínio é o resultado de se colocar as afirmações teocêntricas acima do atendimento às necessidades emocionais e espirituais mais profundas da humanidade. 

Este manifesto é uma clara solicitação para que a igreja proclame uma mensagem centralizada no homem, não em Deus. Schuller acredita que o grande defeito do cristianismo moderno é "o fracasso em proclamar o evangelho de um modo que possa satisfazer a necessidade mais profunda de cada pessoa, ou seja, o anseio espiritual pela glória humana". Ele não podia estar mais errado. O evangelho é sobre a glória de Deus, e não sobre a glória do homem.

Poucas vezes os objetivos do pragmatismo são tão francamente expressos. É verdade que os pontos de vista do pragmatismo são opostos à Palavra de Deus. No entanto, dentre os que concordam verbalmente com a verdade da Escritura, muitos compraram a noção de que de algum modo devemos adaptar a mensagem bíblica, para fazê-la se encaixar às necessidades das pessoas.

As verdades mais básicas de nossa fé tornaram-se vítimas dessa teologia egocêntrica. Muitos evangelistas modernos reduziram a mensagem do evangelho a uma simples fórmula por meio da qual as pessoas podem viver uma vida feliz e mais completa. O pecado agora é definido levando-se em conta o modo como ele afeta o homem, e não como ele desonra a Deus. A salvação é sempre apresentada como um meio para se receber o que Cristo oferece, sem se obedecer ao que Ele ordena. A ênfase é mudada da glória de Deus para o benefício do homem. O evangelho que ensina perseverança deu lugar a um tipo de hedonismo religioso. A teologia contemporânea sugere que Jesus é o passaporte para se evitar todos os pesares e experimentar todos os prazeres da vida.

Assim, o pragmatismo sucumbiu à noção humanista de que o homem existe para sua própria satisfação. O humanismo ensina que, para as pessoas serem feliz, elas devem ter todas as suas necessidades e desejos satisfeitos. Para acomodar-se a esse conceito, o pragmatismo forja uma mensagem evangélica que soa como uma garantia de desejos realizados, em vez de uma chamada ao arrependimento, ao perdão e a reconciliação com Deus. Muitos que se dizem cristãos abandonaram o evangelho totalmente e, em vez de pregarem o evangelho, estão convidam as pessoas a buscarem auto-estima, influência política, igualdade social, segurança, prosperidade, saúde, riqueza, felicidade ou quaisquer outros tipos de aspirações que alimentam o "ego". Raramente o evangelho é apresentado com firmeza, e, por isso mesmo, os pecadores impenitentes poucas vezes o rejeitaram.

Walter Chantry abordou corretamente o problema em seu livro O Evangelho de Hoje: Autêntico ou Sintético?

Muitas das pregações modernas estão anêmicas, pois aquilo que é essencial a respeito da natureza de Deus está ausente delas. Os evangelistas centralizam sua mensagem no homem. Eles dizem que o homem pecou e perdeu uma grande benção; e se deseja recuperar esta perda imensa, ele deve agir desta ou daquela maneira. Mas o evangelho de Cristo é bem diferente. Começa com Deus e Sua glória. Proclama aos homens que estes ofenderam o Deus santo, que de maneira nenhuma deixará de punir os pecados dos homens. Relembra os pecadores que a única esperança de salvação é encontrada na graça e no poder deste mesmo Deus. O Evangelho de Cristo leva os homens a suplicar o perdão dAquele que é Deus santo.

Existe uma grande diferença entre estas duas mensagens. Uma delas busca estabelecer uma trilha que conduz o homem ao céu, ignorando o Senhor da glória. A outra procura magnificar o Deus de toda a graça na salvação de homens.

O evangelista que focaliza apenas a promessa de necessidades satisfeitas é uma total corrupção da mensagem bíblica. Em sua acurada biografia do falecido D. Martyn Lloyd-Jones, Iain Murray observou com exatidão:

Um evangelista precisa ter cuidado para não apelar simplesmente aos interesses pessoais dos ouvintes e assim induzi-li a tomar uma "decisão". Tal decisão não será para a salvação, mas deixará a pessoa no seu estado de incredulidade. Quando o evangelho é apresentado com ênfase em sua capacidade para satisfazer a carência humana por felicidade e por outras bênçãos, deixando de mostrar que o incorreto relacionamento do homem com Deus "é a pior situação", poderá obter considerável sucesso, mas tal sucesso será temporário. Pensar na salvação como uma obra objetiva primária não é o aproximar-nos de Deus, e, sim, o conceder-nos bênçãos, não requer verdadeira convicção de pecado para ser aceita. Martyn Lloyd-Jones não se surpreenderia ao ver que tal evangelismo era realizado com frivolidade e leviandade e que, como resultado, acrescentava às igrejas os não regenerados e os negligentes. O verdadeiro convertido sempre quer libertação tanto do poder como da culpa do pecado.

O costume de apresentar o evangelho como um instrumento para satisfazer as "necessidades" das pessoas tem corrompido o verdadeiro evangelho e distorcido a doutrina da santificação. Muitos cristãos acham que não podem se úteis para o Senhor até que alcancem realização pessoal e todos os seus problemas sejam resolvidos. Eles vêem a santificação como o processo pela qual isso ocorre. Em seu livro Need: The New Religion (Necessidade: A Nova Religião), Tony Walter comenta:

Tornou-se moda seguir o ponto de vista de alguns psicólogos, os quais afirmam que o eu é um feixe de necessidades e que o crescimento pessoal se realiza quando satisfazemos progressivamente estas necessidades. Muitos cristãos seguem tais crenças... Uma evidencia do quase total sucesso desta nova moralidade é que a igreja cristã, tradicionalmente dedicada a mortificar os desejos da carne e a crucificar as necessidades do eu, em busca da semelhança de Cristo, ansiosamente adotou para si a linguagem as "necessidades". Agora se ouve que Jesus vai atender a cada uma de suas necessidades, como se Ele fosse uma espécie de psiquiatra ou detergente divino, cujo propósito fosse simplesmente o de nos servir.

Não é difícil achar evidências desse tipo de pensamento na igreja. Alguns ministérios contemporâneos admitem categoricamente que atender às necessidades das pessoas é seu objetivo principal.


Mas isso é inteiramente oposto ao ensino das Escrituras. O objetivo da santificação é o conformar-se à imagem de Cristo (Rm. 8.29), não a auto-satisfação. A verdadeira santificação não é uma questão de avaliar a si mesmo e satisfazer as necessidades percebidas. É uma questão de conhecer a Cristo profundamente. Quanto mais você contempla a si mesmo, mais distraído quanto ao caminho apropriado para a santificação. Quanto mais você conhece a Cristo e tem comunhão com Ele, mais o Espírito o tornará semelhante a Ele. Quanto mais você é semelhante a Cristo, melhor entenderá a absoluta suficiência dEle para todas as dificuldades da vida. Esse é o único caminho para se conhecer a verdadeira satisfação.

O pragmatismo também tem produzido apatia quanto à oração. Isso acontece porque o principal motivador da oração é um senso de dependência de Deus (por exemplo, ver Tiago 4.4-15). O pragmatismo, contudo, gera um falso senso de independência e auto-suficiência. É difícil forçar a si mesmo a orar, se você e acha que tem uma solução humana para cada problema e um recurso natural para cada necessidade. Os problemas surgem em nossa sociedade porque a maioria de nós tem mais bens materiais do que necessita e desenvolve meios para lidar com quaisquer outras necessidades que possam surgir. Há programas "cristãos" para pessoas que querem melhorar sua aparência, sua forma física, sua auto-estima, seus investimentos ou qualquer outra coisa que possa estar em deficiência. Cristãos que querem possuir tudo, aqui e agora, podem, com avidez, buscar a boa vida e se sentirem bem com isso.

Assim, muitos cristãos contemporâneos estão absortos numa busca desesperada por satisfação instantânea, obcecados pelo conforto terreno e agrilhoados a este mundo presente. Eu me lembro de uma época em que a esperança futura era enfatizada, e as pessoas queriam ouvir mensagens sobre o céu, profecias ou escatologia. Esses tópicos não são populares hoje, pois nossa mente esta posta no presente e não no futuro. Os crentes de Tessalônica desejavam o retorno de Cristo e as glórias do céu (1Ts. 1.9-10); muitos de nós, porém, ao contrário deles, nos acomodamos confortavelmente a esta vida. Quando morre um crente, alguns cristãos entram em desespero e depressão, como se a pessoa tivesse ido para um lugar pior ou como se Deus tivesse tomado de nós alguém que tanto necessitávamos em nossa companhia. Devemos antes de nos alegrar na certeza de que nossa amado está na presença do Senhor, momentaneamente separado de nós, mas destinado a um feliz encontro na glória eterna.

As futuras glórias celestiais foram ofuscadas pelo frágil e momentâneo brilho das coisas terrenas. Muitos cristãos se afundaram no conforto da saúde, da riqueza e da prosperidade, das quais apenas a morte o arrebatamento da igreja ousariam removê-los; e mesmo estes seriam intrusos mal recebidos por alguns. Poucas pessoas anseiam o céu. 


Talvez o erro fatal do pragmatismo é que ele deixa de considerar corretamente a depravação humana. O homem é uma criatura caída; sua depravação é tão profunda e penetrante que ele nada pode fazer por si mesmo quanto às coisas espirituais (Rm. 3.10-11). Portanto, o uso de meios humanos para realizar objetivos espirituais inevitavelmente fracassará. Esta é precisamente a razão pela qual Deus exige que os cristãos se submetam ao seu governo soberano, aprenderam os princípios da vida espiritual revelados na Palavra e se apropriem dos abundantes recursos espirituais que Ele torna disponíveis em Cristo (Cl. 1.9-15). Esses recursos, totalmente à parte da engenhosidade humana, são suficientes para cumprir os propósitos pretendidos por Deus.