A Verdade é a Base do Verdadeiro Amor Cristão

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O amor que Deus odeia


"Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados. Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai. Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno. Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (1João 2:12-17)

Um grupo de crianças da primeira série foram conhecer um grande hospital. Depois de falar sobre os cuidados e a higiene no hospital e percorrer os corredores, ao final do tour pelo hospital a enfermeira perguntou se alguém tinha alguma pergunta. Uma criança levantou a mão e perguntou: Por que e como as pessoas que trabalham aqui estão sempre lavando as suas mãos? A enfermeira sorriu e respondeu: As pessoas que trabalham no hospital estão sempre lavando as suas mãos por duas razões: Primeiro, porque elas amam a saúde e segundo, porque elas odeiam os germes.

Muitas vezes o amor e o ódio caminham lado a lado: "Vós que amais o Senhor, detestai o mal" (Sl 97:10). "O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem" (Rm 12:9). O mesmo João que nos falou que o amor é a marca do verdadeiro cristão (1 Jo 2:10), agora nos diz que a marca do verdadeiro cristão é não amar o mundo (1 Jo 2:15).

Há quatro motivos pelos quais os cristãos não devem amar o mundo:

I. POR CAUSA DO QUE O MUNDO É – V. 15
1. Os três significados da palavra MUNDO
a) Mundo físico – "Deus fez o mundo e tudo o que nele existe" (At 17:24);
b) Mundo humano – "Porque Deus amou o mundo de tal maneira…" (Jo 3:16);
c) Mundo sistema – "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo" (1 Jo 2:15).

2. O que significa o Mundo Sistema?
• Nós usamos a palavra "mundo" como sistema em nossas conversas diárias: o mundo dos esportes, o mundo da política, o mundo da economia. Estamos nos referindo ao sistema que rege esses mundos.
• Para João, o mundo era a sociedade pagã com seus falsos valores, suas falsas maneiras de viver e seus falsos deuses.
• O mundo na Bíblia é o sistema de Satanás que se opõe à obra de Cristo na terra. Esse sistema se opõe a tudo o que é piedoso (1 Jo 2:16). "O mundo inteiro jaz no maligno" (1 Jo 5:19). Jesus chamou o diabo de "príncipe deste mundo" (Jo 12:31). O diabo tem uma organização de espíritos maus trabalhando com ele e influenciando as coisas deste mundo (Ef 6:11-12).
• Assim como o Espírito de Deus nos influencia para fazermos a vontade de Deus, as pessoas não regeneradas são energizadas pelo diabo para cumprir os seus nefastos planos – "andastes segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Ef 2:2).
• As pessoas não salvas pertencem a este sistema do mundo. Elas são filhas do mundo (Lc 16:8). Esse mundo não conheceu a Cristo nem conhece a nós (1 Jo 3:1). Esse sistema odiou a Cristo e odeia a igreja (Jo 15:18).
• Esse sistema do mundo não é o habitat natural do crente. Nossa cidadania está no céu (Fp 3:20). Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 15:15). Exemplo: A canoa – ela está na água, mas a água não está nela.
• Ficamos revoltados com a poluição do meio ambiente: a contaminação dos rios pela Goitacazes, as chaminés das indústrias, poluição dos motores. Precisamos protestar contra a poluição moral do sistema do mundo: Crime organizado, tráfico de drogas, prostituição institucionalizada, impunidade.
• A ordem para não amar o mundo baseia-se em dois argumentos: Primeiro, a incompatibilidade entre o amor pelo mundo e o amor pelo Pai (v. 15-16) e segundo, a transitoriedade do mundo contrastada com a eternidade daquele que faz a vontade do Pai (v. 17).

II. POR CAUSA DO QUE O MUNDO FAZ PARA NÓS – 2: 15-16
1. O amor ao mundo compromete o nosso amor a Deus Pai – v. 15
• O amor pelo mundo e o amor pelo Pai são mutuamente exclusivos.
• O mundo não é tanto uma questão de atividade, mas de atitude interior. É possível ter uma vida externa bonita e um coração cheio de podridão como um fariseu, um legalista, um sepulcro caiado. É possível não deitar-se com uma mulher e ainda assim, a desejar no coração. É possível não ser rico e ainda sim, cobiçar a riqueza.


2. O amor ao mundo afeta nossa resposta à vontade de Deus – v. 17
• "O mundo passa, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 Jo 2:17). Fazer a vontade de Deus é a alegria de todos aqueles que amam a Deus. "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:15). Mas quando um crente perde a sua alegria no amor do Pai, fazer a vontade do Pai deixa de ser deleite, para ser peso.
• O mundanismo pode ser definido como tudo aquilo que leva você a perder a alegria do amor do Pai e desencoraja você a fazer a von tade do Pai.


3. O sistema do mundo usa três armadilhas para derrubar o cristão – v. 16
3.1. A concupiscência da carne
• A carne são as tentações que nos assaltam de dentro para fora. São desejos sórdidos. É viver para o prazer imediato. É endeusar os prazeres puramente humanos. É viver uma vida dominada pelos sentidos.
• A carne é nossa natureza caída. São os impulsos e desejos que gritam por ser satisfeitos. Esses desejos estão dentro de nós, estão no nosso coração. O mundo assim, não é apenas produto do meio. Os mosteiros da Idade Média não resolveram esse problema.
• Uma coisa boa em si mesma pode ser pervertida quando ela nos controla: A fome não é um mal, mas a glutonaria sim. A sede não é um mal, mas a bebedice sim. O sexo não é um mal, mas a imoralidade sim. O sono não é um mal, mas a preguiça sim!
• O sistema do mundo é a vitrine que busca satisfazer os desejos da carne (Gl 5:19-21).


3.2. A concupiscência dos olhos
• A concupiscência dos olhos são tentações que nos assaltam de fora para dentro. Ser tentado por valores falsos.
• Os olhos são a lâmpada do corpo e as janelas da alma. Por eles entram os desejos. Eva caiu porque viu o fruto. Ló viu as campinas do Jordão e foi armando suas tendas paras as bandas de Sodoma. Siquém viu Diná e a seduziu. A mulher de Potifar viu José e tentou seduzi-lo. Acã viu a capa Babilônia e arruinou-se. Davi viu Bate Seba e a espada não se apartou da sua casa. Cuidado com os seus olhos: Se eles lhe fazem tropeçar, arranca-os porque é melhor você entrar no céu sem um olho do que todo o seu corpo ser lançado no inferno.


3.3. A soberba da vida
• O alazon era um fanfarrão. É atitude de querer impressionar todos que encontra com a sua inexistente importância. É a vanglória com coisas externas como riqueza, posição, inteligência, poder, beleza, jóias, carros, vestuário. É qualquer ostentação pretensiosa. É tocar trombetas para si mesmo. É gostar dos holofotes. É o desejo de brilhar ou de ofuscar os outros com uma vida luxuriosa.
• A glória de Deus é rica e plena; a glória do homem é vã e vazia. O soberbo é aquele que tenta impressionar as pessoas com sua importância. As pessoas compram carros, casas, roupas, jóias para impressionar as pessoas. Elas sacrificam a honestidade, a integridade para ostentar poder – Exemplo: Os palácios de Sadam Hussein e os momentos ao culto a personalidade de si mesmo.
• As pessoas compram o que não precisam, com o dinheiro que não têm, para impressionar as pessoas que não conhecem.
• Eva ficou descontente em ser criatura e ser colocada num jardim. Quis ser igual a Deus e caiu no estado de miséria e vergonha.
• O PROCESSO DA MUNDANIZAÇÃO: Primeiro, torna-se amigo do mundo (Tg 4:4) + segundo, contaminado pelo mundo (Tg 1:27) + terceiro, conformado com o mundo (Rm 12:2) + condenado com o mundo (1 Co 11:32). Exemplo: os passos de Ló em direção ao mundo: viu + armou as tendas + capturado junto com Sodoma + sofre com os pecadores de Sodoma + quando Deus destruiu Sodoma, ele perdeu tudo. Foi salvo como que através do fogo.


III. POR CAUSA DE QUEM O CRISTÃO É – V. 12-14
1. Os três estágios da Vida Cristã – v. 12-14
• João não está descrevendo idade físicas, mas estágios de desenvolvimento espiritual, pois a família de Deus tem membros de diferente maturidade. Os filhinhos são os recém-nascidos em Cristo. Os jovens são cristãos mais desenvolvidos e fortes na luta espiritual, enquanto os pais possuem a profundidade e a estabilidade da experiência cristã.
• A vida cristã não é só gozar o perdão e a comunhão com Deus, mas combater o inimigo. O perdão dos pecados passados deve ser acompanhado pela libertação do poder atual do pecado. • O cristão é aquele: 1) Filhinhos: Foi perdoado e conhece o Pai; 2) Jovens – Tendes vencido o maligno, sois fortes e a Palavra de Deus permanece em vós; 3) Pais: conheceis aquele que existe desde o princípio: PERDÃO + COMUNHÃO COM DEUS + VITÓRIA PELA PALAVRA + EXPERIÊNCIA COM DEUS.
• Quais são as marcas do cristão:
1) O perdão mediante Jesus;
2) O crescente conhecimento de Deus;
3) A força vitoriosa contra o Maligno.

IV. POR CAUSA PARA ONDE O MUNDO ESTÁ INDO – V. 17
1. A transitoriedade do mundo – v. 17
• Outra razão porque não devemos amar o mundo é que chegou a nova era, e a era presente está condenada. O mundo com suas trevas já está se dissipando (2:8) e os homens com sua concupiscência mundana passarão com ele.
• O mundo não é permanente. Um dia esse sistema passará. Seus prazeres e encantos passarão. Um cristão maduro considera-se estrangeiro e peregrino sobre a terra (Hb 11:13). Ele não tem cidade permante aqui, mas procura a cidade que está por vir (Hb 13:14). Não podemos nos sentir em casa aqui neste mundo.
• João está contrastando dois tipos de vida: a vida vivida para a eternidade e a vida vivida para o tempo. Uma pessoa mundana vive para os prazeres da carne, mas um cristão dedicado para as alegrias do Espírito. Um crente mundano vive para as coisas que pode ver, os desejos dos olhos; mas um crente espiritual live para as realidades invisíveis de Deus (2 Co 4:16-18).
• O homem que se apega aos caminhos mundanos, está entregando sua vida a coisa que literalmente não têm futuro. O homem do mundo está condenado ao desengano, à desilusão. O mundo é um beco sem saída.

2. A permanência eterna daqueles que fazem a vontade de Deus – v. 17
• Mesmo depois que este mundo acabar: com suas refinada cultura, suas vaidosas filosofias, seu egocêntrico intelectualismo, seu impiedoso materialismo. Mesmo depois que tudo isso for esquecido e este mundo tiver dado lugar aos novos céus e à nova terra, os fiéis servos de Deus permancerão para sempre, refletindo a glória de Deus por toda a eternidade.
• Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar para ganhar o que não pode perder – Jim Elliot – mártir entre os Alcas.

3. A suprema importância da conhecer a fazer a vontade de Deus – v. 17
A vontade de Deus não é alguma coisa que devemos consultar esporadicamente como uma enciclopédia, mas é alguma coisa que deve controlar nossas vidas. A questão não é se isso ou aquilo é certo ou errado, é bom ou ruim, mas se isso ou aquilo é a vontade de Deus para mim.
Deus deseja que nós compreendamos sua vontade, mas do conhecê-la (Ef 5:17). "Deus fez conhecido os seus caminhos a Moisés e seus atos aos filhos de Israel" (Sl 103:7). Israel conheceu o que Deus estava fazendo, mas Moisés conheceu porque ele estava fazendo.
Não falando sobre a vontade de Deus que nós iremos agradar a Deus, mas fazendo sua vontade (Mt 7:21). A vontade de Deus não é como um restaurante self-service que você apanha o que gosta e deixa o que não gosta. Um crente mundano não tem apetite pela Palavra de Deus. Precismaos experimentar toda a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para a nossa vida.

O cristão está no mundo (Jo 17:11), mas não é do mundo (Jo 17:14). O cristão é chamado do mundo e enviado de volta ao mundo como luz e testemunho (Jo 17:18).

Temos que ter cuidado porque o mundo entra no cristão pela porta do coração: "Não ameis o mundo…" (1 Jo 2:15).
Devemos sempre nos lembrar que o amor ao mundo é o amor que Deus odeia!



Hernandes Lopes

sábado, 19 de maio de 2012

Lições Sobre Alegria

por Tiago Santos
Editora Fiel

"Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração." (Salmos 37.4)

O salmo 37 é um poema sapiencial (de sabedoria; com orientações práticas sobre como Deus quer que vivamos nossa vida) em forma de acróstico. Neste tipo de composição, as linhas ou estrofes iniciam, cada uma, com letras em ordem alfabética. Essa técnica, a exemplo do paralelismo, auxilia na memorização do ensino.

Todo o Salmo 37 mostra a perplexidade de Davi com toda forma de impiedade; trata da adversidade dos justos face a prosperidade dos ímpios. Ensina-nos a como viver no meio dos que odeiam o povo de Deus, e como devemos confiar nossos caminhos a ele.

O verso que abre este texto, e fonte de nossa consideração, fala sobre agradar-se no Senhor, ou seja, ter agrado em; ter prazer em; ter contentamento ou satisfação em;

Este verso fala sobre o resultado de nos agradarmos no Senhor. Fala-nos sobre a verdadeira e pura alegria! A alegria (lat. alacre) é um sentimento nobre. Diz-se da alegria ser um sentimento ou senso de contentamento; de júbilo e exultação; de felicidade íntima ou interior.

Ademais, este versículo é também uma promessa: Agradarmo-nos do Senhor há de satisfazer os desejos de nosso coração. 

A questão é: O que é agradar-se do Senhor ? ou como nos agradarmos do Senhor

Este é um privilegio somente daqueles que o conhecem. Não podemos nos agradar - ou nos alegrar - com o que ou quem não conhecemos. Conhecer ao Senhor faz-nos desejar parecer mais com ele. Passamos a querer ter comunhão com o Senhor, e nos alegramos em sua presença. 

Agradar-se do Senhor, pressupõe, portanto, um conhecimento íntimo dele e de sua obra. Este fato por si só há de gerar deleite em nossas almas. 


Ao abrirmos a Escritura, ou ouvirmos a sua mensagem, e, iluminados pelo Espírito Santo, passarmos a conhecer a gloriosa verdade acerca de Deus, de Seu ser, seus atributos, sua vontade, suas obras, haveremos de ter deleite sem igual ! A Fé, meus irmãos, produz alegria em nossos corações. 

Supor, portanto, que seguirmos o caminho do Senhor significa em "dolorosas austeridades, melancolias e tristezas" oriundas do fato de termos de nos "negar a nós mesmos" e "carregar a nossa cruz diariamente" é uma tolice; uma distorção do caráter da verdadeira e pura religião. 

Afinal, temos de entender que "negar a nós mesmos" é um privilegio da graça, pois ao fazermos assim, negamos nossa natureza corrupta e pecaminosa; quando "carregamos nossa cruz", que é instrumento de morte, na verdade, estamos declarando que morremos para nós mesmos e para o mundo e vivemos em Cristo, "crucificando-nos a nós mesmos para o mundo e o mundo para nós".

As Escrituras estão repletas de ensinamentos que revelam-nos que a natureza da verdadeira alegria e felicidade plena, não está na ausência de sofrimentos ou dores, mas sim em estar na presença do Senhor e de meditar em sua Palavra.

Aliás, a prova de nossa alegria no Senhor vem de nossas lutas e provações (Tg. 1.2), pois desenvolve nossa fé; a resignação de nossos pais na fé (Elias, Davi, Jó, Paulo, etc) são incontestes evidências de que acolhiam com alegria e contentamento a providência de Deus em suas vidas; não que eles não tenham sentido a agudez dos sofrimentos e tristezas na carne; eles não se alegravam nas aflições em si mesmas, mas na capacidade de suportá-las que o Senhor lhes outorgava. Confiar na providência e apegar-se à sua Palavra arrefecia sua miséria e intensificava seu deleite nele.

Vejamos as seguintes passagens:
Salmo 40.8: "Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro em meu coração está a tua lei";
Salmo 119.47: "Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo".
Romanos 7.22: "Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus";
I Pedro 1.8: "... a quem, não havendo visto, amais. No qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória";

Tributar amor a Deus pelo que ele é, em si mesmo, já seria suficiente para nosso deleite eterno; ele, no entanto, concede-nos amá-lo e alegrarmo-nos nele pelo que ele é e pelo que ele está fazendo! As manifestações de suas glórias, tanto no céus como na terra, trazem perene deleite à sua Igreja, tanto aquela que triunfa como a que ainda milita.

Se, portanto, amarmos a Deus de todo o nosso coração, de toda nossa alma, com toda nossa força e entendimento, e, amarmos assim a sua santa, pura e perfeita Palavra, haveremos de experimentar tamanha alegria, que nem se pode mensurar, independente das circunstâncias.

É isto que o salmista está dizendo! Se nos agradamos de Deus (e tudo que esta sentença infere), haveremos de ter plena alegria nele. Nosso caminho será dele e o mais ele fará. Não precisamos nos preocupar com a injustiça à nossa volta, nem aquelas que contra nós é dirigida. Nossa atenção está voltada para ele, para ele somente.

Conhecer ao Senhor e amá-lo; amar a suas obras - que são a manifestação de sua sabedoria, bondade, poder ; amar a sua Palavra, isto é agradar-se do Senhor.

E, quanto mais nos "agradamos" do Senhor, tanto mais ele será o maior desejo do nosso coração!

O cumprir a Lei de Deus - satisfazer a sua vontade - será o desejo maior de nosso coração! A promessa consiste justamente em Deus nos fortalecer e colocar de lado nossos desejos ensimesmados, e nosso desejo passa ser o de obedecê-lo; de viver vidas santas e agradáveis a ele; nos conformarmos à sua estatura e imagem. Assim, o próprio Deus se compromete a realizar tais desejos, pois são para sua glória.

O Senhor Jesus Cristo, quando encarnou-se e viveu como homem, nutria em seu coração o desejo de glorificar ao Pai, e o Pai satisfez o desejo de seu coração (Jo 12.50; 17.4,5,24).

Qual é o desejo de nosso coração?

Cristo - Deus verdadeiro e homem verdadeiro - deu-nos sua vida na cruz do Calvário para que pudéssemos ter vida nele. À parte de Cristo, Deus nos seria por adversário e as Escrituras ecoariam condenação, mas nele, somos feitos filhos de Deus. Sua obra redentora concede-nos acesso ao Pai e é somente em Cristo que poderemos nos agradar do Senhor, e somente em Cristo que os desejos de nosso coração serão satisfeitos.

Nossa alegria consiste em estar em e conhecer a Cristo e ter comunhão com ele.
Será este o seu caso? Você está alegre no Senhor ? Você se agrada no Senhor?
Qual o desejo do seu coração ? Será um desejo que você pode entregar nas mãos do Senhor para que sejam satisfeitos?

Ó, que a bondade de Deus, em conceder-nos Cristo para que nele busquemos sua face, o conheçamos e dele nos agrademos, conceda-nos a graça de que o desejo de nosso coração seja a sua glória.

Esta é uma promessa que se cumprirá cabalmente naqueles que forem achados fieis no Senhor e dele se agradarem.

Amém.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Porque um Deus santo e amoroso permite o sofrimento?


Por RC Sproul
Extraído do livro "Boa Pergunta!"


Se Deus é todo poderoso, por que Ele permite o sofrimento?

John Stuart Mill levantou essa objeção clássica contra a fé cristã: Se Deus é onipotente, e permite todo esse sofrimento, então ele não é benevolente, ele não é um Deus misericordioso, ele não é amoroso. E se ele é amoroso para com todo mundo, e permite todo esse sofrimento, então, certamente, ele não é onipotente. E, dado o fato do pecado, ou o fato do sofrimento, não podemos jamais concluir que Deus é ambas as coisas onipotente e benevolente. Pos mais brilhante que John S. Mill seja, tenho que discordar nesse ponto e examinar o que as Escrituras dizem sobre essas coisas.

Mantenha em mente que, dentro de uma perspectiva bíblica, o sofrimento é intrinsecamente relacionado com a queda desse mundo. Não havia sofrimento antes do pecado. em minha interpretação, as Escrituras dizem que o sofrimento ness mundo é parte do conjunto de julgamento de Deus sobre o mundo. Você está perguntando: Como um juíz justo pode permitir que o criminoso sofra? Como um juiz justo pode permitir que um ofensor violento seja punido? A pergunta que deveríamos fazer é: Como um juiz justo pode não permitir a punição para aqueles que cometeram atos de violência ou crimes de toda sorte? Por trás dessas perguntas está sempre a santidade de Deus e sua perfeita justiça. Nossa compreensão de Deus está baseada e fundamentada no ensino das Escrituras de que ele é o justo Juiz. O Juiz de toda terra sempre faz o que é certo.

No capítulo 9 de João, os fariseus dizem a Jesus: "quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" Jesus respondeu: "Nem ele pecou, nem seus pais". Não podemos tirar a conclusão de que os sofrimentos de uma pessoa nesse mundo estão em proporção direta ao seu pecado. Isso foi o que os amigos de Jó fizeram quando vieram a ele e o atormentaram dizendo: "Jó, meu caro, você está realmente sofrendo muito. Isso deve ser uma indicação de que você é o mais miserável pecador do mundo." Mas a Bíblia diz que não podemos usar essa fórmula. O fato é, se não houvesse pecado no mundo, não haveria sofrimento.

Deus permite o sofrimento como parte de seu julgamento, mas ele o usa também para nossa redenção - para moldar nosso caráter e fortalecer nossa fé.



E Porque um Deus santo e amoroso permite que uma criança sofra com uma doença série como o câncer?
Normalmente associamos o amor de Deus com os benefícios que recebemos dele e com as bêncãos que vêm de suas mãos bondosas e misericordiosas. Porque seu amor se manifesta em coisas boas que nos acontecem, às vezes recuamos chocados e consternados quando vemos uma criança atingida por uma doença ou algum outro trauma.

Antes de respondermos à pergunta de por que Deus permite que uma criança sofra, precisamos fazer a pergunta: Porque Deus permite que o sofrimento aconteça a qualquer pessoa, quer ela tenha dois anos de idade, dois meses ou vinte anos. As Escrituras nos dizem que o sofrimento entrou no mundo como consequência da queda do homem e da criação; isto é, Deus tem trazido julgamento a esse planeta por causa do pecado. Isso inclui as maldições de dor, doenças, tristeza e morte que acompanham as consequências da iniquidade.

Como um Deus santo e amoroso pode permitir que um nenê sofra uma doença debilitante?
Creio que a resposta está parcialmente contida na própria pergunta. Deus é santo, e em sua santidade exerce julgamento contra a iniquidade que prevalece na natureza humana. Quando fazemos a pergunta a respeito de crianças pequenas, às vezes, oculta atrás da pergunta está a pressuposição não declarada de que os nnês são inocentes. Praticamente todas as igrejas na história do cristianismo tiveram que desenvolver alguma noção daquilo que chamamos pecado original, pois as Escrituras nos ensinam claramente que somos nascidos num estado de pecado e que a maldição da queda acompanha toda a vida humana. Isso soa cruel e terrível, até compreendermos que naquele julgamento da humanidade decaída vem também o abrandamento da ira de Deus com misericórdia e graça e toda a sua obra de redenção. Cremos com grande e alegre antecipação que existe uma medida especial de graça que Deus reservou para aqueles que morrem na infância. Jesus disse: "Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus" (Mc 10:14).

Um aviso que preciso levantar aqui é que não devemos saltar para a conclusão de que a doença ou aflição particular de uma pessoa individual é resultado direto de algum pecado especial. Esse pode não ser o caso de maneira nenhuma. Como humanos, todos participamos do conjunto amplo da queda de nossa humanidade, o que inclui a tragédia da doença.

* Deixe seu comentário sobre o assunto.

Neryvan Felipe

terça-feira, 8 de maio de 2012

O sublime convite de Cristo


"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." 
(Mateus 11:28-30)


Nestes dias eu ouvia um médico falar na TV e este dizia de forma clara que na medicina nenhum médico pode dizer ao seu paciente que ele será curado, mas apenas tratá-lo e garantir um melhor tratamento.

Quando falamos de ciência e filosofia encontramos divergência e dilemas relacionados a hipóteses, teorias, sentido da vida, enfim não temos no campo das ciências humanas garantias substanciais sobre a condição do homem, certamente estas incertezas se dão por conta da condição de pecado em que vive todo homem, sua finitude e limitação.


Alguém já disse que o maior livro de Antropologia (estudo do homem) é a Bíblia, pois nela é revelada a condição da alma humana, os desígnios do seu coração, as suas inclinações, a sua depravação e o seu estado eterno, em fim tudo aquilo que está relacionado a este ser que pós-queda está destituído da glória de Deus, e que um dia em Cristo será restaurado de forma plena em sua comunhão com o Senhor.


Nos versos anteriores o Senhor Jesus está mostrando aos seus ouvintes que Deus Pai ocultou de sábios e entendidos o grande mistério da salvação e que revelara aos pequeninos e que estes aparentemente frágeis e inferiores, cultural e socialmente foram agraciados por Deus com a revelação do seu Filho e pela salvação proporcionado pó Cristo.


Lemos no verso 27: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho senão o Pai. Ninguém conhece o pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.


Portanto o Filho tem e conhece o Pai e agora oferece e dá aquilo que necessitam os que estão cansados e sobrecarregados.


O que o Senhor Jesus oferece? Qual é a sublimidade deste convite?
1- O convite é a Cristo e produz efeitos gloriosos no homem. VS. 28

a- O que significa ir a Jesus? 

   O texto do evangelho de João cap.6:35 nos diz: “O que vem a mim nunca terá fome e o que Crê em mim de modo algum terá sede”. Portanto ir a Jesus significa crer Nele. Essa fé é conhecimento, confiança, entrega tudo de uma só vez.

Além do mais esta fé que é dom de Deus, produz o fruto do Espírito que é: Amor, alegria, paz, longanimidade, mansidão, benignidade, bondade, fidelidade e domínio próprio Como nos diz Gálatas 5:22.

Esta fé produz as obras de gratidão em plena obediência a Cristo.

b- A quem o convite se estende? Aos cansados e sobrecarregados e eles e a todos aqueles que no intimo desejam ir a Cristo, isso é o que chamamos de chamamento eficaz. A quem O Senhor Jesus tinha em mente quando fez este convite. Mateus 23:4 nos responde esta indagação. O texto diz: Atam fardos pesados (difíceis de carregar) e os põe nos ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Naquele contexto os Escribas e fariseus colocavam fardos pesados sobre o povo com as suas regras e regulamentos. Era como se uma pessoa só pudesse de fato ser salva quando as suas obras de obediência fossem maiores que as suas obras de desobediência. Quando alguém pensa desta forma o que domina o seu coração é a incerteza, terror e escravidão desespero, ansiedade e desesperança.

c- Meus amados o convite de Cristo de ir a Ele é tão urgente hoje quanto foi naquele momento em estas palavras foram proferidas. Estas palavras se aplicam a qualquer um que, por alguma razão, tenta efetuar a sua salvação, por meio de seu próprio esforço.

Alguém perguntou certa vez: E não abriga o coração de todo pecador um fariseu? Inclusive mesmo o coração da pessoa já nascida de novo, porém que ainda vive na terra, pelo menos de vez em quando?

Muitos de nós professamos a fé em Cristo, porém ainda não entendemos a sua graça. Tentamos ainda vez por outra buscar elementos para essa justificação em nós mesmos, quando deveríamos entender que as nossas obras só são possíveis em Cristo, e que nunca mudaremos um centímetro aquilo que o Senhor já realizou em nós.

d-  O que Cristo nos oferece? Eu vos aliviarei. Amados tal refrigério não tem apenas um sentido negativo: ausência de incerteza, temor, ansiedade e desespero, mas também sentido positivo: paz, de mente e coração, certeza de salvação.

e- Uma paz que as tradições e os ensinos dos escribas e fariseus não podiam proporcionar, pois tias regras representavam uma impossibilidade total e produzia desespero e insegurança. O convite de Cristo é portanto o remédio para a alma humana.

Aplicação: tamanha graça nos alcançou e agora não mais devemos tentar ou entender que por nossos esforços seremos aceitos por Deus, mas pela graça que há em Cristo e por seus méritos estamos seguros.

2- O Convite de Cristo é a tomar o seu julgo e aprender Dele. Vs. 29
a- Na literatura judaica um julgo representa uma soma total de obrigações que segundo ensinavam os rabinos uma pessoa devia assumir. Encontramos na escritura expressões como julgo da Torá, julgo dos mandamentos. Como já disse este julgo então era aquilo que os mestres de Israel colocavam sobre o povo. Pois bem; o que o Senhor Jesus Cristo está dizendo então é que o povo deveria colocar o seu julgo e não o julgo dos mestres de Israel. Era como se o Senhor dissesse: recebam o meu ensino de que uma pessoa é salva pela simples confiança em mim. Operosidade da fé.

b- Diz o Senhor: porque sou manso e humilde de coração. Esta expressão também é encontrada em Mat. 5:5 que diz: Bem aventurados os mansos porque herdarão a terra. Na Bíblia o significado de manso é de alguém que encontra refúgio em Deus. Alguém que entrega inteiramente seu caminho, deixando tudo nas mãos daquele que dele o ama e dele cuida.

c- O que o Senhor deixa claro é que Nele aprendemos a depender de Deus, Nele descansamos de nossos esforços pessoais no que diz respeito a conseguir salvação, Nele podemos de fato ter segurança, pois Ele ama e cuida dos seus, em meio a mentes atribuladas pela ideia da salvação pelos esforços da obediência aos pesados jugos, O Senhor Jesus oferece paz e tranquilidade aqueles que nele creem.

Aplicação: Você é uma pessoa mansa e humilde?

3- O convite de Cristo é um convite é a uma vida de graciosa liberdade. Vs. 30
a- É necessário colocar que um jugo naquela cultura literalmente falando era uma armação de madeira colocado sobre os ombros de uma pessoa a fim de tornar o volume ou o fardo mais fácil de carregar, distribuindo seu peso em proporções iguais aos lados do corpo. Isso não significa dizer que se a carga fosse pesada de mais ainda sim haveria conforto.

b- Na verdade quando a carga era muito pesada o julgo se tornava também muito pesado, ou seja, algo que deveria ser tornar a carga mais agradável, na verdade tornava-se também um peso.

c- O Senhor Jesus está, portanto oferecendo uma liberdade que só se encontra em sua pessoa, porque aquilo que Ele requer de nós é leve, ou seja, ao invés de haver peso e desconforto, haverá alegria e paz, algo deleitoso para o crente, que passa a ter prazer na palavra de Deus, ao contrário da escravidão proporcionada pelo peso das tradições dos escribas e fariseus.

d- Algo deve ser considerado quando avaliamos esta passagem, a verdade que as tensões em que vivem os homens, a ausência de paz, a ansiedade, o rancor, a vingança o desejo ardente de prestar contas, podem produzir danos também ao corpo e a morte. O ensino de Cristo se levado a sério, tem um efeito curativo na pessoa toda, alma e corpo, pois Ele é um salvador completo.

Aplicação: Como você tem vivido como alguém que conhece o senhor Jesus e tomou o seu jugo ou como alguém que o professa e ainda assim vive como se carregasse sobre os seus ombros a carga do legalismo?
E você que ainda não o professou como tem tentado se justificar diante de Deus?

Saiba que somente em Cristo de fato haverá descanso e verdadeira paz, pois sem Cristo os sofrimentos presentes e os terríveis sofrimentos futuros farão parte da sua vida e eternidade.

Religião é o homem em busca de Deus; o Cristianismo é Deus buscando o homem, manifestando-se a ele, puxando o homem para Si. (Dr. Martin Lloyd-Jones)



Pr.Valdir Pena Forte

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Quatro Razões para Buscar a Deus Apaixonadamente

  
Por que eu insisto que você deve seguir a Deus firmemente, ou, o que é a mesma coisa, por que nós devemos seguir a Cristo firmemente?

Aqui estão quatro razões:

1. Para conhecê-Lo
Primeiro, nós devemos seguir a Cristo firmemente para conhecê-Lo. Filipenses 3.7-8: “Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor“. Paulo seguia a Cristo firmemente, renunciando todas as coisas das quais as pessoas normalmente se gloriam; e ele fazia isso para que pudesse conhecê-Lo.

Por quê? Porque conhecer a Cristo é uma riqueza que ultrapassa tudo o mais. A evidência da conversão é se você de fato se tornou um hedonista cristão. Hedonistas cristãos sempre seguem firmemente em busca da riqueza suprema. Eles alegremente vendem tudo em troca do tesouro escondido e da pérola de grande valor (Mateus 13.44-45). Nós devemos seguir a Cristo firmemente, porque não fazê-lo significa que nós não desejamos conhecê-lo. E não desejar conhecer a Cristo é um insulto ao Seu valor e um sinal de letargia ou morte espiritual em nós. Mas quando você segue a Cristo firmemente, para conhecê-Lo, a recompensa é a sua alegria e a glória Dele.

2. Para confirmar a nossa justificação
Segundo, nós devemos seguir a Cristo firmemente para confirmar a nossa justificação. A justificação se refere ao maravilhoso ato de Deus no qual Ele perdoa todos os nossos epcados e imputa a nós a Sua própria justiça, através da nossa fé em Cristo. Filipenses 3.8-9: “por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé”.

Filipenses 3.9 é claro: a justiça que Paulo busca é baseada na fé. Mas ele a está buscando! Como um cristão, ele considera todas as coisas como perda para ter a sua justificação. A fé que justifica é uma fé que renuncia os valores terrenos e busca a Cristo. Se a justificação depende da fé, e se renunciar ao mundo por considerá-lo como lixo é necessário para ter os benefícios da justificação, então está claro: a fé salvadora não meramente uma única decisão por Cristo, mas é uma preferência contínua por Cristo sobre todos os outros valores. A busca de Cristo é a evidência da fé genuína em Cristo como o nosso tesouro. Portanto, nós devemos seguir a Cristo firmemente para confirmar a nossa justificação.

3. Porque nós somos tão imperfeitos
Nós devemos seguir a Cristo firmemente porque nós somos tão imperfeitos. Filipenses 3.12: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo”. Nós devemos seguir a Cristo firmemente porque nós somos tão deficientes. Um estudante fraco deveria buscar um professor particular. Pessoas míopes deveriam buscar um oftalmologista. Pessoas com a garganta inflamada deveriam tomar antibióticos. Alcoólicos deveriam buscar um grupo de apoio. Jovens aprendizes deveriam seguir o seu mestre em seu trabalho.

Não seguir a Cristo firmemente significa ou que você não confia em Seu poder e disposição para mudar as suas imperfeições, ou que você deseja se apegar às suas imperfeições. Em ambos os casos, Cristo está sendo desprezado e nós estamos perdidos.

4. Porque Ele nos conquistou para Si
A última razão pela qual nós devemos seguir a Cristo firmemente é que Ele nos seguiu firmemente e, de fato, nos conquistou para Si pela fé. Filipenses 3.12 novamente: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.” Essa sentença destrói a falsa lógica a qual afirma que, se Cristo nos encontrou, nós não mais precisamos buscá-Lo. Se Ele nos agarrou, nós não precisamos nos esforçar para agarrá-Lo.

Paulo argumenta exatamente o contrário: eu me esforço para ganhar a Cristo, porque Cristo já me ganhou. A conversão de Paulo não era como uma gaiola que o prendia, mas como uma catapulta que o lançava na busca da santidade. A graça irresistível de Cristo triunfando sobre a rebelião de Paulo e salvando-o do pecado não tornou Paulo passivo; ela o tornou poderoso!


Por John Piper desiringGod.org
Traduçãovoltemosaoevangelho.com