A Verdade é a Base do Verdadeiro Amor Cristão

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Crescendo na Fé

“A fé não consiste na ignorância, senão no conhecimento; e este conhecimento há de se não somente de Deus, senão também de sua divina vontade.” (João Calvino)

“Por isso, não podendo esperar mais, achamos por bem ficar sozinhos em Atenas; e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de Cristo, para vos confortar e vos exortar acerca da vossa fé; Para que ninguém se comova por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos ordenados, pois, estando ainda convosco, vos predizíamos que havíamos de ser afligidos, como sucedeu, e vós o sabeis. Portanto, não podendo eu também esperar mais, mandei-o saber da vossa fé, temendo que o tentador vos tentasse, e o nosso trabalho viesse a ser inútil. Vindo, porém, agora Timóteo de vós para nós, e trazendo-nos boas novas da vossa fé e amor, e de como sempre tendes boa lembrança de nós, desejando muito ver-nos, como nós também a vós; Por esta razão, irmãos, ficamos consolados acerca de vós, em toda a nossa aflição e necessidade, pela vossa fé, porque agora vivemos, se estais firmes no Senhor. Porque, que ação de graças poderemos dar a Deus por vós, por todo o gozo com que nos regozijamos por vossa causa diante do nosso Deus, orando abundantemente dia e noite, para que possamos ver o vosso rosto, e supramos o que falta à vossa fé?” (1Tessalonicenses 3:1-10)

É por meio da fé que Cristo nos é comunicado, é através da fé que chegamos a Deus, e através da fé que usufruímos os benefícios da adoção.

No texto de 1Ts 2:17-20, Paulo explicitou seu desejo de ampliar seu relacionamento com os cristãos tessalonicenses pela sintonia do coração, sintonia que viria do contato direto e superação das interferências das investidas satânicas.

Este relacionamento, agora, passava por alguns estágios bem definidos: preocupação (v.1) – Paulo, impedido de visitar Tessalônica,  estava sinceramente e profundamente inquietado com a sua comunidade cristã, ele saíra de lá, mas seu coração continuava lá; investigação (v. 2-5) – do sentir ele passa para o agir destacando seu companheiro Timóteo para avaliar o “estado da fé” dos tessalonicenses (v. 5) bem como para encorajá-los (v. 2-4); informação (v. 6) – Timóteo cumpriu sua missão e retornou a Paulo trazendo boas notícias; consolação (v. 6-8) – Paulo sentiu-se muito feliz ao constatar que os tessalonicenses estavam trilhando um caminho de maturidade e vitória; gratidão (v. 9-10) – ele reconheceu Deus como o Grande promotor de todas estas transformações na igreja de Tessalônica.

Nestes estágios percorridos por Paulo fica claro que ele tinha um foco central:  a (v. 2, 5, 6, 7, 10). Seu grande sonho era que os cristãos tessalonicenses estivessem efetivamente PROGREDINDO NA FÉ. Este é, igualmente, a vontade revelada na palavra de Deus para nós hoje, por isso, cabe perguntar responsavelmente: Como se dá na igreja o progresso na fé?   

Vejamos o que o texto nos diz:

1– O PROGRESSO NA FÉ ENVOLVE O APASCENTAMENTO EM PARCERIA (v. 1-2)

Todas as ações de Paulo em Tessalônica, desde o plantio da igreja, se deram através de uma equipe formada por ele, Silvano (Silas) e Timóteo, pois Paulo  estava ciente de que a missão é, foi e sempre será um trabalho solidário e não um trabalho solitário. Por isso, abrindo mão de suas necessidades pessoais (v. 1), enviou-lhes Timóteo que tinha as credenciais essenciais para o apascentamento dos tessalonicenses:

·      Era irmão (v. 2) – tinha uma genuína experiência de descoberta da paternidade de Deus em Jesus e um compromisso sincero com a família da fé;
·   Era ministro de Deus (v. 2) – via-se como um “diácono”, um “servo” inteiramente disponível para cumprir o propósito de Deus na vida de Seu povo;
·    Era um homem sintonizado com o Evangelho de Cristo (v. 2) – fazia do Evangelho sua referência maior de vida;
·     Era um homem sintonizado com os tessalonicenses – estava mais do que capacitado para relacionar-se com eles num trabalho que envolveria “confirmação e exortação” (v. 2), ou seja, a preservação dos avanços espirituais já alcançados e o encorajamento para progredir nas áreas de fragilidade.

Nosso progresso na fé passa, necessariamente, pela determinação em levantar uma equipe de pessoas que enxerguem além “de seus umbigos” e estejam dispostas a serem usadas como parceiras no cuidado das ovelhas que temos e daquelas que o Senhor nos dará. Este apascentamento em equipe, assim, envolve: Convocação, capacitação, delegação e supervisão. Concretiza-se, basicamente, através do discipulado e dos pequenos grupos.

Assim, duas perguntas objetivas precisam ser feitas: Quem cuida de você e de quem você está cuidando? É a partir deste cuidado recíproco que a igreja progride na fé...

2 – O PROGRESSO NA FÉ ENVOLVE A SUPERAÇÃO DAS TRIBULAÇÕES (v. 3-5)

A prioridade número um de Timóteo em Tessalônica seria ajudar a igreja a reagir de forma positiva em meio às tribulações.  Sobre elas Paulo afirmou:

·    As tribulações fazem parte do propósito maior de Deus para as nossas vidas (v.3) – tribulação não é um simples imponderável do destino ou um acaso da história, é algo que Deus usa para burilar, moldar, aperfeiçoar a nossa fé;
·  Sempre fizeram parte da relação de Paulo com os tessalonicenses (v. 4; 1:6; 2: 9, 14) – nunca existiu, não existe e nunca existirá uma caminhada de fé sem tribulações;
·   As tribulações são usadas por satanás para desvirtuar o progresso na fé que Deus estabeleceu para  nossas vidas (v. 5, 2:18) – Paulo queria que Timóteo averiguasse o “estado da fé” dos tessalonicenses no que dizia respeito à maneira como estavam reagindo às tribulações pois, apesar de serem  instrumentos de Deus para fortalecimento da nossa fé, também são astutamente usadas por satanás, o “tentador”, para nos enfraquecer, fragilizar, derrotar e destruir. E quando satanás alcança este objetivo, diz Paulo, o trabalho ministerial torna-se inútil....

Precisamos, a cada dia, desenvolver uma postura positiva nas tribulações: Admitindo-as – vida cristã não é uma apólice de seguro contra o sofrimento (At 9:15-16; 14:22);   enfrentando-as com a provisão de Jesus (Rom 8:31-37) – não podemos negar, subestimar ou superestimar as tribulações, mas com equilíbrio, podemos e devemos vencê-las para progresso da nossa fé...

3 – O PROGRESSO NA FÉ ENVOLVE CELEBRAÇÃO DAS CONQUISTAS (v. 6-10)

Timóteo voltou de Tessalônica com “boas notícias” da Igreja (v. 6a):

·    Continuava com uma fé operante e um amor abnegado (v. 6, 1:3);
·    A igreja continuava tendo no coração um sincero interesse por Paulo, Silvano e Timóteo, sonhando inclusive, assim como Paulo, com a possibilidade de encontrá-los (v. 6b);
·  Continuava reagindo de forma positiva às tribulações de Paulo e equipe (v. 7) – não estavam desanimados nem desmotivados. Este relatório tão esperançoso provocou em Paulo um grande “consolo” (v.7) = “encorajamento” pois, se para ele viver bem era ver a igreja firmada no Senhor, ele agora de fato vivia (v.8); por isso, mais do que depressa, entrou na presença do Senhor com alegria e regozijo, rendendo graças pela grande obra que Ele, através da instrumentalidade de Paulo, Silvano e Timóteo, estava fazendo em Tessalônica (v. 9).

A corrida da fé é uma grande maratona que se iniciou quando cremos em Jesus como Salvador e Senhor (justificação – ficamos livres da condenação do pecado)  e só  terminará quando estivermos definitivamente e plenamente diante de Jesus na eternidade (glorificação – ficaremos completamente livres da presença do pecado). Neste intervalo entre largada e chegada vivemos o desafio da santificação (vencermos, em Cristo, o poder do pecado), ou seja, uma luta permanente, determinada e intensa para pecar menos.

Nela, cada vitória, seja pequena ou grande, precisa ser alegremente celebrada para a glorificação do Deus que a confere a nós e para encorajamento nas novas batalhas que virão. Infelizmente, algumas vezes, a igreja vive intensamente as derrotas e superficialmente as vitórias. Agindo assim, estamos andando na cartilha do inimigo, que objetiva sempre nos desviar do progresso proposto por Deus. A celebração das conquistas do passado é um poderoso estímulo para novas conquistas no futuro!

Paulo terminou, surpreendentemente, fazendo uma “pergunta afirmativa” na qual declarou que estava “orando noite e dia, com máximo empenho, para vos ver pessoalmente e reparar as deficiências da vossa fé (v. 10). Para quem acabara de celebrar as boas notícias, a eficiência da comunidade cristã de Tessalônica, parece paradoxal lembrar imediatamente que ela ainda tinha na fé “deficiências” = “coisas que faltam, falhas”

O progresso na fé, não significa a ausência de deficiências, mas uma postura construtiva, determinada, ousada, corajosa, contínua e firme no trato delas por meio de três iniciativas básicas:

·  O apascentamento em parceria – a tarefa de cuidado das ovelhas precisa ser descentralizada;
·      A superação das tribulações – a chegada da tribulação é uma sinalização de que Deus deseja nos estimular a progredir mais;
·         A celebração das conquistas – o reconhecimento honesto, sincero e humilde as vitórias alcançadas nos empurrará para conquistas maiores.

Mas, lembra Paulo, mesmo fazendo tudo isto, continuaremos sujeitos aos desvios e retrocessos das deficiências, pois temos uma natureza corrompida.

Qual a saída? Compreender que as deficiências da fé podem e devem ser reparadas com “empenho máximo” da oração, onde cada pessoa, por meio do relacionamento em amor, se responsabilizará em dar sua contribuição efetiva para comunitariamente vivenciarmos o genuíno PROGRESSO DA FÉ!


Pastor Romildon (Igreja Batista Graça e Paz)

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Devemos Obedecer as Autoridades

“Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.” (Romanos 13:1-7)

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.” (Efésios 6:1-9)

Um tempo atrás, Suzane Von Richthofen matou os seus próprios pais. Ela os matou porque eles estavam impedindo de realizar os seus sonhos, seus desejos. Suzane Von Richthofen é um exemplo radical das conseqüências quando o homem esquece o quinto mandamento.


Em todo canto em nossa sociedade, há um grande desprezo do quinto mandamento. Honrar e obedecer aos seus pais e às autoridades é para quadrados. A maioria dos filmes e desenhos animados apresenta um mundo com valores totalmente inversos. Os pais (especialmente os homens) são burros e quadrados; e os jovens e crianças são sábios, espertos, legais, e inteligentes.

Mas não é somente a televisão que ensina às crianças de desprezarem a autoridade. Os próprios pais pioram a situação. Desde o momento do nascimento, os pais não se cansam de perguntar, “O que você quer? Você quer isto? Você quer aquilo?” E assim fazendo, os pais ensinam à criança que ELA é importante, ELA é o centro do mundo, e os SEUS desejos são os mais importantes.

O que é o resultado deste desprezo geral dos pais, e esta supervalorização da criança? Podemos ver as conseqüências terríveis, por exemplo, na vida de Suzane von Richthofen. Ela nunca aprendeu colocar os seus desejos em segundo lugar, e colocar obediência aos pais em primeiro lugar.

Desprezar o quinto mandamento traz miséria e morte. Os pais de Suzane experimentaram isto; e Suzane está experimentando isto. Hoje, Deus nos declara que o quinto mandamento traz a vida! Eu vos proclamo o evangelho de Jesus Cristo. No quinto mandamento, Deus nos ensina que devemos respeitar as autoridades.

Quem devemos respeitar?

O mandamento diz, “Honra teu pai e tua mãe.” Desde o início da nossa vida, Deus quer nos ensinar a importância de respeitar as autoridades. Os nossos pais são as primeiras autoridades que encontramos em nossa vida. A família é uma pequena sociedade. No lar, aprendemos boas maneiras, aprendemos como tratar outras pessoas com respeito, e aprendemos respeitar e obedecer à autoridade. A família é a unidade básica da sociedade. Uma sociedade forte que funciona bem está composta de famílias fortes que funcionam bem. Se não aprendemos obediência à autoridade no lar, como vamos conseguir obedecer ao professor na escola, ao nosso patrão no trabalho, à polícia na rua, ao governo do país, aos líderes na igreja?

Aprendemos então que o quinto mandamento não se dirige apenas aos filhos. Também fala da responsabilidade dos pais. Por isto, Paulo no capítulo 6 de Efésios, logo depois de citar o quinto mandamento para os filhos, se dirige também aos pais, dizendo E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” (Ef. 6:4)

Paulo entende que pais infiéis podem prejudicar a vida dos seus filhos. Podem incentivar os seus filhos à rebeldia. Não é por acaso que estamos vivendo momentos neste país e neste mundo, quando mais do que nunca os pais estão maltratando ou negligenciando os seus filhos, e ao mesmo tempo a sociedade está sofrendo nas mãos de jovens rebeldes e violentos. Os problemas da nossa sociedade começam no lar.

Isto deve ser um peso sobre a consciência de cada pai e mãe aqui. Vocês têm uma responsabilidade enorme! O mandamento diz, “Honra teu pai e tua mãe.” A palavra “honra” tem a ver com peso. Em outras palavras, o mandamento nos diz que devemos considerar os nossos pais como “pesados”! Não fisicamente pesado, mais pesado no sentido de importância. Os filhos devem tratar os seus pais com seriedade, e não de uma forma leviana. Mas isto significa que os pais devem agir e se comportar com seriedade.

Um pai que sempre está tratando seu filho de uma forma leviana está incentivando o seu filho a pecar contra o quinto mandamento. Um pai ou uma mãe que ridiculariza, maltrata, ou negligencia seu filho está incentivando seu filho a pecar contra o quinto mandamento. Isto tem conseqüências não somente para a vida no lar, mas também vai haver conseqüências gravíssimas para toda a vida.


Deus nos ensina que devemos respeitar as autoridades. Em primeiro lugar, este mandamento se dirige aos filhos, que devem honrar seus pais. Mas este respeito também se deve a todas as autoridades. Lemos no verso 7 de Romanos 13, que devemos pagar a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.

Então, quando o filho aprende honrar e respeitar os seus pais, ele também deve respeitar a sua professora. Também deve respeitar as pessoas idosas. A Bíblia diz em (Levítico 19:32), Diante das cãs (pessoas com cabelo branco) levantarás, honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR. Quando aprendemos cedo a respeitar os nossos pais e avôs, e os nossos professores, mais tarde será mais fácil respeitar o nosso patrão, os policiais, e o governo.

O mandamento também se dirige aos pais. Devemos nos comportar de tal forma que nós nos mostramos dignos de honra e respeito. Devemos também ensinar aos nossos filhos por palavra e, por exemplo, a importância de respeitar a autoridade. Se não respeito às leis do país, ou se as respeito somente quando um policial está perto, estou ensinando ao meu filho que ele não deve honrar seu pai e sua mãe. Se não obedeço à convocação dos presbíteros para cultuar fielmente nos cultos dominicais, estou ensinando ao meu filho que ele não deve respeitar as autoridades. Se você que é mãe está desrespeitando seu marido por palavra ou pelos atos, você está ensinando seu filho a desrespeitar e desprezar o quinto mandamento. Se em casa sempre estou zombando e falando com desrespeito do meu patrão, estou ensinando pelo meu exemplo que meu filho deve ser rebelde contra autoridade.

Não é coincidência que Paulo em Efésios 6, depois de ter falado às esposas e maridos, aos filhos e aos pais, se dirige aos empregados e aos patrões. O quinto mandamento se aplica também a este relacionamento de autoridade. O apóstolo Pedro faz um comentário sobre o quinto mandamento nos capítulos 2 e 3 da sua primeira carta. No capítulo 2:17, ele mostra como é abrangente o respeito que devemos à autoridade. “Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei.”

Como devemos respeitar?

O Catecismo Maior na PR 127 fala sobre os deveres que os inferiores devem aos superiores.  “Devo prestar toda honra, amor e fidelidade a meu pai, à minha mãe e a todos os meus superiores”. Honra, amor, e fidelidade! Se você quer ensinar essas atitudes aos seus filhos, é essencial desligar a televisão e o DVD. A televisão e os filmes apresentam um mundo falso onde os pais não são dignos de honra, amor, e fidelidade; um mundo onde a criança é quem manda. E a criação das crianças em geral hoje em dia reforça esta falsa realidade. As crianças aprendem nos livros, nas escolas, e no lar que elas devem honrar e amar e ser fieis a elas mesmas! Para o mundo, não tem coisa melhor do que realizar os seus desejos; em outras palavras, de não reconhecer nenhuma autoridade além das suas próprias cobiças.

Mas a criação dos filhos do pacto deve ser bem diferente do que o mundo oferece aos seus filhos. “Sedes santos, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” diz o Senhor em (Levítico 19:2). E, logo depois Ele nos mostra como a nossa santidade, a nossa separação do mundo deve se manifestar também em nossa atitude para com a autoridade. Verso 3 diz, “Cada um respeitará a sua mãe e o seu pai”.

Jovens, quando você honra, ama, e respeita os seus pais, você está mostrando que você pertence a Deus; que você é santo separado do mundo! Quando você honra os seus pais, você está mostrando que Jesus te transformou em uma nova criatura! Tenham a mesma atitude do rei Salomão. Mesmo sendo o grande rei de Israel, ele se prostrou perante sua mãe para mostrar reverência e respeito a ela (1Reis 2:19).

A Bíblia diz no (Provérbios 22:6), “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele”. Mais importante do que nosso trabalho dia-a-dia, mais importante do que o nosso descanso e lazer, é a criação dos nossos filhos. Quando Jesus voltar, o nosso emprego, a nossa conta bancária, os nossos bens materiais, tudo vai perecer quando Ele limpar o mundo com fogo. Mas, os nossos filhos permanecerão para sempre: ou na vida eterna, ou na morte eterna.

Lembrem-se disto, vocês que são pais, a próxima vez que você está deixando seu filho mandar o que ele vai comer, a hora que ele vai dormir, e o que ele vai fazer… lembrem-se do exemplo de Suzane Von Richthofen. Filhos que são criados para obedecer somente aquilo que eles desejam, nunca irão desfrutar das bênçãos prometidas no quinto mandamento.

A criação que nossos filhos recebem agora é o alicerce de uma vida eterna. “Devo prestar toda honra, amor e fidelidade a meu pai, à minha mãe e a todos os meus superiores”. Os pais têm a responsabilidade séria de ensinar tal atitude com as suas palavras e o seu exemplo; os filhos têm a responsabilidade séria de manifestar tal atitude.

Como podemos prestar honra, amor e fidelidade aos pais e superiores? Honramos as autoridades pela nossa obediência. Não adianta nada falar que honramos os nossos pais, se não obedecemos aos nossos pais. Da mesma forma, não adianta nada falar que honramos o governo ou a polícia, se não lhes obedecemos. Aprendemos obediência quando somos crianças. A Bíblia nos ensina em (Provérbios 1:8), “Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. E Jesus nos ensina a mesma coisa por Sua vida. Ele foi obediente ao seu Pai até a morte. Ele amou o Seu pai pela sua obediência à vontade do Pai.

Quando nossos pais nos ensinam como devemos proceder em casa e na vida familiar, quando a professora nos ensina como devemos proceder na sala de aula; quando o policial nos ensina como devemos nos comportar na sociedade e nas ruas; quando o nosso patrão nos ensina como devemos exercer nossa função no lugar do trabalho em todos estes casos, Deus nos ensina que devemos nos submeter à sua boa instrução e disciplina com a devida obediência. É assim que honramos as autoridades.

Nos submeter com a devida obediência também significa que devemos ter paciência com seus defeitos. Pedro escreveu que os filhos de Deus devem honrar o Rei (1Pedro 2:17). O imperativo que ele usa significa, “continue honrando…”, em outras palavras, não é para honrar somente quando achamos bom o que o Rei está fazendo. Pedro escreveu numa época quando a igreja estava passando por uma grande perseguição nas mãos das autoridades. Mesmo assim, ele declara que os filhos de Deus devem continuar honrando as autoridades.

Deus exige respeito para as autoridades não somente quando concordamos, mas também quando eles até estão errados. Deus não se agrada quando desprezamos os nossos pais ou superiores; quando fazemos chacotas sobre as suas falhas e fraquezas. Se eles estão errados, devemos reprová-los falando a verdade em amor, conforme a Palavra de Deus. Mas nunca devemos deixar de respeitá-los.

Por que devemos respeitar?

No Catecismo de Heidelberg, confessamos que “Deus nos quer governar pelas mãos deles.” O Catecismo Maior PR 124 diz que as autoridades estão sobre nós pela ordenança de Deus. Isto é, o que Paulo disse no trecho de Romanos 13. No verso 1 do capítulo 13 de Romanos, o Espírito Santo nos ensina: Não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. Ele continua no verso 3, mostrando a conseqüência profunda disto: De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.Isto é uma coisa séria.

Resistir autoridade é rebelião contra Deus! Quando eu sou desobediente ao meu pai, eu estou sendo desobediente a Deus! Quando não estou respeitando as leis do trânsito, estou desrespeitando Deus! Quando não estou me submetendo ao meu marido (esposa), não estou me submetendo a Deus! Quando estou fazendo zombarias ou ridicularizando meus pais, meu patrão, ou meu governo, está ridicularizando meu Deus! Toda autoridade vem de Deus. E isto tem conseqüências seriíssimas para a criação dos nossos filhos. Quando eu deixo meu pequeno filho se rebelar contra a minha vontade, e até acho engraçado às vezes, estou criando um monstro. Estou criando um filho que vai pensar que pode se rebelar também contra a disciplina da polícia, contra os professores, contra os presbíteros. Estou criando um filho que vai pensar que ele pode se rebelar contra o próprio Deus. E que isto é até engraçado às vezes.

A Bíblia não acha engraçado a desobediência. O livro de Provérbios muitas vezes adverte o jovem: desobediência traz a morte, mas obediência leva à vida! A Bíblia acha desobediência algo tão sério, que no Antigo Testamento o filho desobediente tinha que ser apedrejado. E hoje, igualmente, um filho que permanece rebelde e desobediente aos seus pais, deve ser excomungado. Não há lugar no meio do povo de Deus para pessoas rebeldes e desobedientes e egoístas. Mas para filhos obedientes, o quinto mandamento tem uma promessa: obediência traz vida! Deus nos abençoa quando obedecemos e honramos as autoridades. Ele nos abençoa, pois estamos obedecendo a Ele!

Toda autoridade vem de Deus. Isto tem conseqüências seriíssimas também para as autoridades. Se um pai maltrata ou abusa de qualquer forma os seus filhos, ele está blasfemando o nome de Deus. Uma filha que foi abusada sexualmente por seu próprio pai fica completamente confusa, pois ela nunca aprendeu o que é o verdadeiro amor paternal. O pai tem que ser um representante do amor paternal de Deus.

Um pai que maltrata os seus filhos desonra o nome do Pai que está nos céus. Igualmente, policiais ou governadores corruptos que desprezam o Deus que os deu autoridade, pois Deus concede a autoridade para manter ordem e justiça. Se alguém está abusando da sua autoridade para seus próprios interesses, nós temos o dever de continuar respeitando o ofício, mas com humildade e respeito devemos também denunciar o abuso do ofício. “O amor não se alegra com a injustiça”.

Assim, quando respeitamos os nossos pais, estamos respeitando o nosso Deus. Quando honramos os nossos pais e assim cuidamos bem deles em sua velhice estamos honrando o nosso Deus. A Bíblia diz (Provérbios 23:22), “Ouve a teu pai, que te gerou, não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer”.

Jesus cumpriu todos os mandamentos perfeitamente. Quando estava sofrendo as dores terríveis na cruz, não esqueceu de honrar a sua mãe, mandou João cuidar dela. Jesus cumpriu o quinto mandamento perfeitamente em nosso lugar. Assim, pelo Seu sangue Ele nos perdoa de todas as vezes que quebramos o quinto mandamento. Mas, também Ele nos concede a Sua obediência perfeita. E, Ele aplica esta obediência perfeita em nossas vidas.


O Espírito de Jesus habita em nós cristãos, para nos fazer crescer todos os dias em santidade, respeitando, honrando, amando, e obedecendo às autoridades instituídas por Deus. Temos a grande alegria de mostrar a nossa gratidão a Jesus, quando nós nos esforçamos para obedecer o quinto mandamento. Quando obedecemos o quinto mandamento no poder de Jesus, desfrutamos já agora das primícias da vida eterna que Ele comprou para nós. Amém!


Pr. Valdir Penaforte

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Grande Dia



“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo. E como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.” (Marcos 13:32-37)

Certo dia estive conversando com alguns amigos, e estes falavam sobre o grande dia de suas vidas. Ali alguns diziam que o grande dia de suas vidas era o dia que o time de futebol que eles torciam ganhou um grande campeonato, enquanto outros falavam que o grande dia da vida deles era o dia que eles se casaram, enquanto outrem falava que o grande dia foi o que ele viu sua aprovação no vestibular. Hoje, pergunto para você, qual é o grande dia de sua vida?

os versos mencionados acima, o Senhor Jesus nos alerta a estarmos atentos para Sua vinda, a qual buscará seus escolhidos e os ajuntará da extremidade da Terra à extremidade do céu, e nos mostrando com deve ser o nosso caminhar terreno para estarmos preparados para sua vinda, e não nos ache adormecidos.

“E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória.” (Marcos 13:26)

“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.”  (Mateus 24:30)

Vejamos agora os pontos para estarmos preparados para vinda de Cristo.

OLHAI

Porque por meio de tua observação você saberá que a vinda de Cristo está próxima, uma vez que, Jesus disse que Seu retorno ao mundo será pregresso de sinais como, guerras, terremotos em diversos lugares e haverá fomes, algo que já presenciamos no planeta, e a profecia de Cristo está se cumprindo.

“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é necessário que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores.” (Mateus 24:6-8)

Olhai-vos, irmãos, porque muitos virão dizendo ser igual a Cristo; e atualmente vemos isso nas igrejas, onde membros idolatram seus líderes e os elevam ao status de Cristo. Porém estes estão cegos, não olham para a palavra que menciona que o único digno de louvor e exaltação é o Senhor Jesus Cristo que nos deu a salvação, algo impossível se fosse por nós mesmos, miseráveis pecadores.

“Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.” (Mateus 24:5)

Olhai, para não fazer como aqueles amigos citados no início do texto, onde diziam que o grande dia da vida deles era a satisfação de seus desejos materiais. Porém, olhem o mundo de acordo com os padrões da palavra, atentando para as coisas que não se vêem, pois as que se vêem são passageiras, e assim vocês dirão que o grande dia de suas vidas é o dia da vinda de Cristo, o qual nós iremos morar com Ele no paraíso.

VIGIAI

Porque ninguém sabe hora à qual cristo virá buscar seus escolhidos, ele pode vir a qualquer momento: à tarde, à meia-noite, ao cantar do galo, pela manhã. Por isso vigiai, para que Jesus venha e não te aches dormindo.

Não faça como o soldado que tinha a responsabilidade de vigiar o batalhão, porém quando o coronel ia embora, ele em vez de guardar as instalações ia dormir. Isso acontecia freqüentemente, e ele nunca imaginou que algum dia chegaria um ladrão e levasse todo o armamento do batalhão. Você está pensando como o soldado? Pensando que Cristo não virá buscar os seus escolhidos? Está equivocado, pois a Bíblia manda vigiarmos, para estarmos preparados para a vinda de Cristo.

“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.” (Apocalipse 3:3)

O cristão deve vigiar, para que não entre em tentação, o que vigia está atento, ele resiste às tentações, o diabo fugirá dele, estando alicerçado na palavra do Senhor Jesus Cristo.

O homem que vigia segundo a palavra de Deus estará preparado para as adversidades, e não deixará de lutar contra os obstáculos da vida, pois ele tem a total confiança que Cristo nos dá força, e nos sustenta, portanto, o que vigia analisa a palavra de Deus.

ORAI

O cristão deve orar pela vinda de Cristo, assim ele demonstra que não espera de Cristo apenas aqui na terra, porém tem a total convicção de que Cristo virá buscar os seus. O cristão que ora pela volta de Cristo não está apegado aos bens materiais, uma vez que sabemos que o mundo e tudo o que nele há é passageiro, como Cristo falou que não ficará pedra sobre pedra que não será derrubada (Lc 21:6). Aquele que invoca a volta de Cristo tem a persuasão que a morada que o Senhor preparou é muitíssimo melhor que o mundo (Ap 21,22).

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Apocalipse 21:4)

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”  (Romanos 14:17)

A oração é o canal onde nós falamos com o Senhor, pedindo a Ele sabedoria para lidar com as barreiras do dia-a-dia. A oração é o único meio que nós temos para que nossa súplica chegue a Deus, através somente de Cristo, o nosso único intercessor e mediador.

A oração é um dos meios que nos faz ter comunhão com Deus, uma vez que Ele nos fala por meio da Palavra (Bíblia), e nós falamos com Ele por meio da oração. Na ocasião, também pedimos perdão a Deus pelos nossos pecados, e Ele é fiel e justo para nos perdoar, através de Cristo, o nosso fiel advogado, que intercede por nossos arrependimentos diante de Deus.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1João 1:9)

Devemos orar, pois a oração é um instrumento de benção de Deus. A oração pode mudar as coisas, mas não irá mudar a vontade ou os planos de Deus, porém a oração está nos planos de Deus para cumprir Seus propósitos. A oração faz parte do plano soberano de Deus, e é um meio eficaz pelo qual podemos compartilhar com Deus no cumprimento daquele plano.

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (2Crônicas 7:14)

O Dr. H.C. Tucker, missionário no Brasil por muitos anos, conta um fato interessante de sua mocidade, sobre o poder da oração. Quando veio, pela primeira vez à nossa terra, estava viajando pelo interior, pregando o Evangelho e vendendo Bíblias. Em certo lugar, ele foi cercado por um grupo de homens que queriam matá-lo.

O jovem missionário ficou com medo, no princípio, mas sentiu-se animado e logo depois começou a explicar o Evangelho ao homem que lhe apontava uma arma. Pouco a pouco, a arma caiu por terra, e o missionário pôde prosseguir a viagem.

Meses mais tarde, o Dr. Tucker recebeu dos Estados Unidos uma carta de sua velha mãe, dizendo que, enquanto ela lhe escrevia, tivera o pressentimento de que ele estava em perigo e se ajoelhara em oração a seu favor. Isto aconteceu na hora exata em que ele enfrentava aqueles homens que queriam matá-lo! O Dr. Tucker diz até hoje que deve sua vida à resposta da oração de sua mãe, naquela ocasião. Cristo nos deu o exemplo de intercedermos uns pelos outros quando intercedeu pelos seus discípulos e por nós.

Você olha para o mundo como aqueles amigos que foram citados no início? Se sua resposta é sim, então modifique seu modo de observar as coisas, pois você não está agradando a Deus, uma vez que não busca as coisas de cima, mas as terrenas. Santifique-se vigiando e orando, e assim você terá uma verdadeira experiência de comunhão com Deus.

“Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá.” (Lucas 12:37)

Diante disso tudo vimos o quanto devemos nos preparar para vinda de Cristo. Devemos observar, vigiar e orar, buscando uma vida santa, e com o único objetivo: glorificar a Deus. Só somos o que somos, devido a graça dEle que nos alcançou nos tirando do mundo da condenação e nos fez nova criatura, filhos de Deus.



Irmão Elizomar Araujo