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sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Batismo com o Espírito Santo

Quando, na Bíblia, aparece a primeira voz o termo “batismo com o Espírito Santo”?
R: Quem primeiro fala no assunto diretamente é João Batista. As passagens são Mateus 3:11; Marcos 1:8; Lucas 3:16 e João 1:33. O que deixa claro sua legitimidade como doutrina fundamental cristã.

Como João Batista se refere a este batismo, ou seja, como ele coloca os termos?
R: Sempre, em todas as passagens, ele faz uma COMPARAÇÃO entre o batismo que ele, João, praticava, apenas com água e para arrependimento, com o batismo que seria ministrado por Jesus Cristo, com o Espírito Santo e para salvação. João fez questão de ressaltar essa diferença. Posteriormente, como se verá, os apóstolos também identificaram essa distinção básica entre o batismo de João e o de Jesus.

Ao falar em batismo com Espírito Santo, João Batista cita a manifestação de algum dom especial, algum sinal externo que viesse evidenciar o fato?
R: Não. Mesmo porque o termo batismo com o Espírito Santo desaparece com João, só reaparecendo novamente no livro de Atos dos Apóstolos. E então finalmente silencia para sempre, demonstrando que não havia, até então, nenhuma dúvida sobre o assunto.
As manifestações espirituais da Igreja sofreriam um duro golpe com os Montanistas (Séculos II e III). A partir daí a Igreja inicia uma história de bloqueio as manifestações espirituais.

Além de João Batista, quem mais nos evangelhos faz menção sobre o assunto?
R: Ninguém. Nenhuma citação. O que não invalida a doutrina.

Em relação ao Espírito Santo, quais são os termos verdadeiramente bíblicos utilizados nos evangelhos para evidenciar sua ação?
R: “cheio” (Lucas 1:15); como “revestimento” (Lucas 24:9); advindo diretamente de Cristo (João 20:22); como poder descido ou recebido do céu (Atos 1:8).

No último capítulo de Marcos Jesus Cristo fala em quantas manifestações de poder sobrenatural?
R: Cinco: expulsar demônios, falar novas línguas, pegar em serpentes, sobreviver à bebida mortífera e impor as mãos sobre os enfermos para que sejam curados.

Em algum momento Jesus Cristo refere-se a uma destas manifestações como sendo mais especial do que a outra?
R: Não. E nem poderia, pois seria uma contradição, visto que todas são operações do mesmo poder: seu próprio nome, não havendo como classificá-las em maior, ou melhor.

Ainda neste mesmo capítulo ele utiliza-se da palavra “batismo”. Do que ele está falando?
R: Obviamente do batismo em águas. Não resta a menor dúvida. O batismo dos 3 mil no dia de Pentecostes e o ocorrido entre Felipe e o eunuco não deixam a menor dúvida.

Como Jesus Cristo refere-se ao batismo com Espírito Santo em nível de ação?
R: Ele chama de REVESTIMENTO DE PODER. É simples de entender. Basta comparar Atos 1:5 com Atos 1:8.

Como a Bíblia descreve o relatado?
R: As Sagradas Escrituras descreve um “enchimento” (Atos 2:4), em concordância com o que já havia dito anterior mente (Lucas 1:15)

O que aconteceu em seguida?
R: Os que estavam no cenáculo falaram novas línguas, conforme já estava predito no capítulo 16 de marcos.

Eles – os que estavam no cenáculo – sabiam o que estavam dizendo?
R: A Bíblia responde claramente isso: “E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estäo falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (At 2.4-8)

Em que línguas os apóstolos e os outros falaram?
R: Segundo a Bíblia, neste caso, falaram grego, árabe, latim e ainda outras línguas de nações distintas que ali se encontravam (Atos 2.9-11)


O milagre do revestimento de poder ou derramamento do Espírito tal qual aconteceu inicialmente (pentecostes) se repetiu mais aonde?
R: na casa de Cornélio (Atos 10.45,46) e em Éfeso (Atos 19.6).

Na casa de Cornélio a Escritura refere-se ao acontecido como sendo o quê?
R: A Bíblia diz claramente, é que receberam um dom (Atos 10.45), o que aliás permanece de acordo com a Palavra, conforme II Coríntios 12.b

O que aconteceu afinal na casa de Cornélio?
R: O Espírito Santo caiu sobre os que ouviam a Palavra (Atos 10.44).

Em Éfeso, quais foram as manifestações de poder?
R: A Bíblia mostra duas: falaram em língua e PROFETIZARAM. (Atos 19.6).

Como a Bíblia classifica Estevão?
R: Homem cheio de fé e do Espírito Santo (Atos 6.5), cheio de poder e operador de prodígios e de grandes sinais (Atos 6.8).

Estevão obteve de Deus um privilégio único em todo o Novo Testamento, excetuando-se a visão do apóstolo João. Que privilégio foi esse?
R: Ele viu os céus abertos, a Glória de Deus e o Filho do homem em pé à sua direita (Atos 7.55,56). Como vemos, mais profunda só a visão na Ilha de Patmos.

Estevão falou em línguas durante seu ministério?
R: Não há relatos.

E quanto a Felipe?
R: Expulsava demônios e curava enfermos (Atos 8.7).

Falou em línguas?
R: Também não.

Em 13 cartas comprovadamente escritas pelo apóstolo Paulo, quantas expõem ou dissecam o assunto “línguas”?
R: Apenas em uma carta, direcionada a uma igreja em particular, enfoca essa questão, no caso, a Carta à igreja de Corinto.

As Cartas aos Hebreus, de Pedro, João – inclusive o Apocalipse – e Judas tocam no assunto?
R: Absolutamente nenhuma delas.

Biblicamente falando, “falar em línguas” é um dom que se manifesta como forma exclusiva de evidência?
R: Falar em línguas, biblicamente falando é um DOM, importante para o Corpo de Cristo como qualquer um dos dons espirituais citados em I Coríntios 12.

A Bíblia orienta literalmente a buscar incansavelmente o batismo com o Espírito Santo?
R: A Bíblia nós ensina a invocarmos a presença de Deus (Jr 29.12).

Que riscos essa prática pode trazer?
R: Ela cria um princípio básico para uma heresia, que é achar que quem não fala em línguas “estranhas” não é salvo.

Mas afinal quem é batizado com o Espírito Santo?
R: Somente a Palavra de Deus pode responder, e o faz claramente em I Coríntios 12:13 “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado de beber de um só Espírito.”.

Ainda assim, este texto pode ser explicado de uma forma mais clara?
R: Este texto literalmente quer dizer que TODOS os que são Santuário de Deus, onde habita o Espírito de Deus (I Coríntios 3.16) e, que possuem um ou mais dons espirituais, que são manifestados por este mesmo Espírito, podem se considerar batizados com o Espírito Santo

40. Então, ao contrário do que muitos exigem, não é obrigatório falar em línguas para operar prodígios, sinais ou qualquer um dos sons espirituais?
r: Onde a Bíblia afirma isso? Além disso, os sinais são para os que CRÊEM, falando ou não em línguas, sendo elas próprias – as línguas – parte do conjunto da promessa.

É possível, à luz da Bíblia, confirmar esta afirmação?
R: Facilmente. Basta observar o texto em Atos 4.31, que diz “todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus.”

Qual é a verdadeira característica bíblica do batismo espiritual?
R: “TODOS VÓS SOIS FILHOS DE DEUS PELA FÉ EM CRISTO JESUS, POIS TODOS VÓS QUE FOSTES BATIZADOS EM CRISTO, VOS REVESTISTES DE CRISTO.” (Gálatas 3:26,27).

O que aconteceu então na conturbada igreja da cidade de Corinto?
R: Assim como nos dias de hoje, elevaram o falar em línguas a uma categoria especial entre os dons – isso gerou problemas.

Pessoalmente, qual era a opinião de Paulo de Tarso?
R: Ele preferia falar cinco palavras que pudessem ser entendidas a falar dez mil em outras línguas. (I Coríntios 14.14)

Como concordar como uma oração feita em línguas?
R: Não só em orações, mas em qualquer circunstância da vida é necessário que se conheça os termos daquilo que se vai concordar. Se ninguém entender o que se está dizendo ou mesmo, conforme orienta própria Bíblia, não tiver quem interprete, é arriscado concordar às cegas, pois a mesma Palavra diz: “Provai os espíritos” e sabemos que o espírito do profeta é sujeito ao profeta.

Onde a Bíblia orienta para se buscar o dom de línguas ou mesmo o falar em línguas estranhas?
R: Eis a questão. A orientação bíblica é bastante clara. Em I Coríntios 12.31 está escrito: “Portanto, procurai com zelo OS MELHORES DONS.” É claro que está no plural, não? A Bíblia mostra que não há um dom especial, todos são maravilhosos, portanto ela orienta que os busquemos.

Então falar em línguas não confere prerrogativas especiais a quem o possui?
R: Se fosse assim, quem profetiza também deveria receber atenção especial, visto que a Bíblia diz que quem profetiza é maior do que quem fala em línguas.

Como Paulo de Tarso classifica os irmãos que possuem obsessão por falar em línguas ou mesmo elevam este dom a um patamar de superioridade espiritual?
R: Paulo os chama de “meninos no entendimento” (I Coríntios 14.20). Ora, não é pecado ser menino, mas um dia a criança precisa crescer. (I Coríntios 13.11)


CONCLUSÃO
Nos dias de hoje é comum ouvir estudos e pregações onde se afirma categoricamente que quem não fala em línguas não podem tomar a dianteira de um trabalho. Um dos maiores absurdos de nosso tempo.

O Dom de Línguas não é superior a nenhum dos outros dons do Espírito. Exacerbar um desses dons é problemático e perigoso – por isso fiquemos com a simplicidade da Graça de Deus.


Se as igrejas adotam as línguas estranhas como evidência, então porquê não tem intérpretes para traduzir o que estão falando?

http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1413&menu=7&submenu=4

2 comentários:

  1. concordo com a conclusão acima. Não sou sessacionista. Creio na operação diversificada do Espírito santo (segundo a palavra) e, nos Dons Espirituais. Paulo ensina que tudo deveria ser na ordem e para edificação do CORPO. O dom de línguas é uma demonstração da presença do Senhor na Igreja, mas, tem que haver edificação, sendo assim....melhor é profetizar pela palavra profética ( interpretação) ou outros dons ( como profecia e ciência). Mas, Dizer que o falar em línguas é evidência de Batismo com o Es.santo é um erro doutrinário pesado.

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  2. Concordo com você Gabriel... se o falar em línguas é evidência do batismo com o espírito santo, então como ficaria o MUDO? Ou aquele que está inabilitado para mostrar evidentemente seus dons? rss rss
    Usam este tipo de doutrina para se acharem mais espirituais do que os outros... enquanto que Paulo diz para nos considerar inferiores aos outros irmãos.

    ┼ Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.(Filipenses 2:3)

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