
Em primeiro lugar, quanto à sua origem, afirmamos categoricamente que a
Bíblia procede de Deus. A Bíblia não foi concebida no coração do homem, mas no
coração de Deus. Não procede da terra, mas do céu. Não é produto da lucubração
humana, mas da revelação divina. Muito embora homens santos foram chamados para
escrever a Bíblia, e nesse processo Deus não anulou a personalidade deles nem
desprezou o conhecimento deles, o conteúdo da Escritura é inerrante. O próprio
Deus revelou seu conteúdo e assistiu os escritores para que registrassem com
fidelidade seu conteúdo. A Bíblia não é palavra de homens, mas a Palavra de
Deus. É digna de inteira confiança, pois é inerrante quanto a seu conteúdo,
infalível quanto às suas profecias e suficiente quanto a seu conteúdo.
Em segundo lugar, quanto ao seu conteúdo, afirmamos confiadamente que a
Bíblia fala sobre Deus e sua oferta de salvação. Só conhecemos a Deus porque
ele se revelou. Revelou-se de forma geral na obra da criação e de forma
especial em sua Palavra. É verdade que os céus proclamam a glória de Deus e
toda a terra está cheia de sua bondade. É verdade que podemos encontrar as
digitais do criador em todo o vasto universo. Os céus proclamam a glória de
Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Porém, conhecemos acerca de
seu plano redentor através das Escrituras.
A salvação é um plano eterno de Deus. Mesmo nos refolhos da eternidade,
o Pai, o Filho e o Espírito, o Deus Triúno, planejou nossa salvação. Nesse
plano, o Pai escolhe para si um povo e envia o Filho ao mundo para redimi-lo.
Jesus faz-se carne. Veste pele humana,
vive entre os homens, cumpre cabalmente a lei, satisfaz a justiça divina e como
nosso representante e substituto leva sobre si nossos pecados sobre a cruz e
morre vicariamente, pagando nossa dívida e adquirindo para nós eterna redenção.
Completando a obra da salvação, o Espírito Santo aplica, de forma eficaz, a
obra de Cristo no coração dos eleitos, de tal forma que aqueles que Deus
predestina, também os chama e aqueles a quem chama, também os justifica e aos
que justifica, também os glorifica. É impossível, portanto, que aqueles que
foram eleitos por Deus Pai, remidos pelo Deus Filho e regenerados e selados
pelo Espírito Santo pereçam eternamente. O mesmo Deus que começou a boa obra em
nós, completá-la-á até o dia de Cristo Jesus.

Nossa redenção tem como propósito maior a manifestação da glória de Deus
e o nosso prazer nele. Concluo, portanto, com a conhecida afirmação de John
Pipper: “Deus é tanto mais glorificado em nós, quanto mais nós nos deleitamos
nele”.
Rev. Hernandes D. Lopes
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